Energias perigosas: boas práticas para garantir a segurança no ambiente de trabalho

Toda empresa que opere com energias perigosas deve redobrar os cuidados com saúde e segurança no trabalho. Afinal, esse tipo de energia gera riscos para o ambiente e para a integridade física dos trabalhadores. Tamanha relevância, o assunto é regulamentado pela norma internacional OSHA 1910.147, mas também está prevista nas normas brasileiras números 10, 12, 20 e 33.

O que são energias perigosas?

Conforme o próprio nome sugere, são energias que causam perigo ao ambiente e às pessoas que por ele trafegam. Além da energia elétrica, que é a mais comum e mais conhecida, existem outros tipos de energias perigosas capazes de causar danos à vida dos trabalhadores.

São elas:

-Energia mecânica: energia gerada por meio da força tensional, através de peças como molas e espirais, por exemplo;
-Energia hidráulica: energia gerada através de fluidos líquidos;
-Energia pneumática: gerada através de fluidos gasosos;
-Energia radioativa: energia gerada através de partículas ou radiação eletromagnética;
-Energia química: energia gerada por duas ou mais substâncias químicas;
-Energia por gravidade: energia gerada quando os objetos caem uns contra os outros, com a força da gravidade;
-Energia residual: energia estática residual que permanece em equipamentos elétricos mesmo depois de terem sidos desligados.

Vale a pena salientar que todas essas energias causam riscos. Por isso, precisam de métodos de proteção e segurança capazes de bloquear a produção descontrolada dessas energias e, dessa forma, tornar os processos de trabalho mais seguros.

PCEP (Programa de Controle de Energias Perigosas)

O Programa de Controle de Energias Perigosas é um conjunto de boas práticas para evitar acidentes de trabalho relacionados às energias perigosas. Ele é composto por uma série de procedimentos que visam diagnosticar as fontes de energia, documentá-las e bloqueá-las, impedindo que o equipamento acione ou libere acidentalmente a fonte de energia perigosa.

Além das etapas de identificação, instrução e bloqueio, o Programa de Controle de Energias Perigosas também envolve o treinamento dos colaboradores e auditorias periódicas para fiscalizar o cumprimento das medidas propostas e aplicadas.

Bloqueio e etiquetagem

Na prática, o bloqueio de energias perigosas deve ser feito através de etiquetas e travas, também conhecidos como procedimentos de Lockout Tagout. Ele informa aos colaboradores em quais locais existem energias perigosas, qual é o tipo de equipamento e oferece instruções detalhadas sobre os métodos corretos de desligamento, isolamento e bloqueio para que o equipamento não libere energias perigosas.

Além disso, os procedimentos de Lockout Tagout também definem a responsabilidade de cada equipe sobre o uso e manutenção dos equipamentos. Assim sendo, podemos destacar os seguintes sistemas de travamento e suas cores:

-Azul: equipamento é de responsabilidade da mecânica;
-Verde: da equipe de instrumentação;
-Preto: equipamento é de responsabilidade da equipe do turno;
-Vermelho: dispositivo é de responsabilidade dos profissionais de elétrica;
-Amarelo: máquinas, equipamentos e dispositivos são de responsabilidade da operação;
-Rosa: cadeado de responsabilidade da equipe de alta tensão de preditiva elétrica.

Quanto às etiquetas, estas contêm informações relevantes para os colaboradores, como por exemplo, os tipos de perigos a que estão expostos e as ações de proibição (não fazer). Como não são capazes de impedir o acesso aos equipamentos, devem ficam presas aos cadeados.

Além das etiquetas e das travas, há ainda um terceiro elemento, o cadeado de latão (comum). O dispositivo é de responsabilidade do supervisor de bloqueio.

Capacitação profissional é a palavra-chave para a prevenção

Para prevenir acidentes com energias perigosas o melhor caminho é investir em capacitação das equipes de trabalho. Conforme você viu acima, vários são os procedimentos, cores, significados e responsabilidades especificados pelo Programa de Controle de Energias Perigosas.

Por isso, o ideal é que seja feito um investimento em um treinamento profissional teórico e prático, ministrado por um técnico em segurança do trabalho ou outro profissional competente. O treinamento deve ser personalizado para as necessidades da empresa, explicando sobre o funcionamento de cada equipamento e suas fontes de energias perigosas.

Além da identificação dos equipamentos, o treinamento também deve ensinar sobre os tipos de sinalização e bloqueios, garantindo que todos respeitem as restrições impostas e saibam como desligar e bloquear o equipamento corretamente. Sempre que algum novo funcionário for admitido na empresa e/ou os equipamentos forem substituídos por novos modelos, é necessário atualizar a capacitação profissional.

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