O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na enfermagem minimiza os riscos de contaminação por agentes biológicos, químicos e físicos, contribuindo para a biossegurança em hospitais, clínicas e demais ambientes de assistência à saúde.
A correta seleção, utilização e descarte desses equipamentos reduzem significativamente os riscos de contaminação e transmissão de doenças. Além disso, a adoção de boas práticas de biossegurança contribui para um ambiente hospitalar mais seguro para pacientes e profissionais.
No artigo de hoje falaremos sobre os EPIs usados na enfermagem, sua importância, o que diz a norma regulamentadora 32, quais as orientações da NR 6, e como fazer a higienização adequada desses equipamentos. Boa leitura!
Qual a importância dos EPIs de enfermagem?
Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) atuam na proteção contra uma série de riscos que podem ser encontrados durante o atendimento aos pacientes, garantindo a segurança e a saúde dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar. A seguir, listamos alguns dos principais pontos que destacam essa importância:
Proteção contra agentes biológicos
Os profissionais de enfermagem estão frequentemente expostos a sangue, fluidos corporais, secreções e outros materiais que podem conter agentes patogênicos, como vírus, bactérias e fungos. EPIs como luvas, máscaras e aventais ajudam a prevenir o contato direto com esses agentes, protegendo os profissionais de doenças infecciosas como hepatite, HIV, tuberculose, e COVID-19.
Prevenção de acidentes e lesões
Durante os atendimentos, os profissionais de enfermagem podem estar expostos a riscos físicos, como perfurações por agulhas, lesões por objetos cortantes e quedas. O uso de luvas adequadas, aventais e sapatos de segurança contribui significativamente para a prevenção de acidentes e lesões, mantendo a integridade física do profissional.
Proteção contra substâncias químicas
Em alguns procedimentos, os profissionais de enfermagem podem entrar em contato com substâncias químicas, como medicamentos, desinfetantes e produtos de limpeza, que podem ser tóxicos ou causar queimaduras. Máscaras, óculos de proteção e aventais específicos ajudam a reduzir o risco de exposição a essas substâncias, protegendo a pele, olhos e vias respiratórias.
Redução de riscos de infecção hospitalar
A utilização adequada dos EPIs não apenas protege o profissional de enfermagem, mas também ajuda a reduzir a disseminação de infecções dentro do ambiente hospitalar. O uso correto de EPIs, como luvas e máscaras, ajuda a prevenir a transmissão de patógenos de um paciente para outro, contribuindo para a diminuição das infecções hospitalares.
Cumprimento das normas de segurança
O uso de EPIs é exigido por regulamentações e normas de segurança, como a NR 32 e a NR 6, que visam garantir a proteção dos profissionais da saúde. Além de proteger os trabalhadores, o cumprimento dessas normas assegura que as instituições de saúde estejam alinhadas com as legislações e com boas práticas de segurança no trabalho.
O que diz a NR 32 sobre EPIs na enfermagem?
A NR 32 destaca a obrigatoriedade do uso de EPIs para os profissionais de saúde, incluindo os de enfermagem, sempre que houver risco de exposição a agentes biológicos, como vírus, bactérias e outros patógenos presentes em sangue, fluidos corporais e secreções dos pacientes.
Os principais pontos da NR 32 relacionados aos EPIs incluem:
Fornecimento e uso adequado dos EPIs
A norma exige que o empregador forneça gratuitamente os EPIs adequados para os profissionais da saúde. Além disso, esses EPIs devem ser de qualidade certificada, atendendo às normas de segurança e garantindo a eficácia na proteção dos trabalhadores.
Treinamento e conscientização
A NR 32 enfatiza a necessidade de treinamento contínuo para os profissionais de saúde sobre a utilização correta dos EPIs. Isso inclui a maneira certa de vestir, usar e descartar os equipamentos, além de instruções sobre como higienizá-los quando necessário.
Proteção contra agentes biológicos
A norma determina que os profissionais de enfermagem devem usar EPIs sempre que houver risco de contaminação por agentes biológicos, como no caso do atendimento a pacientes com doenças infecciosas ou quando o profissional estiver em contato com fluidos corporais.
Manutenção e higienização
A NR 32 também trata da manutenção e higienização adequada dos EPIs. É responsabilidade do empregador garantir que os EPIs sejam mantidos em boas condições, e que os profissionais saibam como limpá-los e desinfetá-los, quando aplicável. Para EPIs descartáveis, a NR 32 estabelece que eles devem ser descartados de maneira segura e de acordo com as regulamentações ambientais.
Responsabilidade dos empregadores e empregados
A NR 32 estabelece que tanto empregadores quanto empregados têm responsabilidades. O empregador deve fornecer os EPIs e garantir que sejam usados corretamente, enquanto o empregado é responsável por utilizá-los conforme as instruções e por solicitar a substituição ou manutenção dos equipamentos, quando necessário.
O que a NR 6 regulamenta na enfermagem?
Embora a NR 6 não seja específica para a área da enfermagem, ela possui disposições importantes que se aplicam diretamente aos profissionais dessa área, já que os EPIs visam garantir a proteção dos trabalhadores da saúde contra diversos riscos presentes no ambiente hospitalar.
Obrigatoriedade do fornecimento de EPIs
Estabelece que o empregador é responsável por fornecer gratuitamente aos trabalhadores os EPIs adequados para cada tipo de risco presente no ambiente de trabalho. No caso da enfermagem, isso significa garantir que os profissionais tenham à disposição luvas, aventais, máscaras, óculos de proteção, sapatos de segurança, entre outros, conforme o risco ao qual estão expostos.
Qualidade e certificação dos EPIs
Exige que todos os EPIs fornecidos ao trabalhador tenham certificação de qualidade, atendendo às normas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Para os profissionais de enfermagem, os EPIs devem ser específicos para a proteção contra agentes biológicos, produtos químicos e risco de acidentes físicos, como perfurações.
Uso correto dos EPIs
A NR 6 exige que os trabalhadores, incluindo os profissionais de enfermagem, utilizem os EPIs de forma adequada e conforme as orientações do fabricante. Isso inclui não apenas o uso durante a realização de procedimentos de risco, mas também a forma correta de colocar e retirar os equipamentos, para evitar qualquer tipo de contaminação ou exposição indevida.
Substituição e manutenção dos EPIs
Determina que os EPIs devem ser mantidos em boas condições e, quando necessário, substituídos. O empregador deve realizar a inspeção periódica para garantir que os EPIs estejam funcionando corretamente e oferecer a substituição quando eles estiverem danificados ou desgastados. No caso da enfermagem, a troca de EPIs, como luvas e aventais, deve ocorrer sempre que houver risco de contaminação.
Descarte adequado dos EPIs descartáveis
Quando os EPIs forem descartáveis, como luvas e máscaras, a NR 6 regulamenta que devem ser descartados de maneira segura, em locais apropriados, para evitar contaminação cruzada e garantir a segurança de todos no ambiente de trabalho.
Treinamento para o uso adequado
A norma determina que o empregador deve proporcionar treinamento para os trabalhadores sobre o uso adequado dos EPIs, incluindo a higienização, a manutenção e o armazenamento dos equipamentos, além de conscientizar sobre sua importância para a segurança e saúde no trabalho. No contexto da enfermagem, isso é importante para garantir que os profissionais saibam como utilizar as luvas, máscaras, aventais e outros EPIs de forma eficaz.
Como fazer a higienização dos EPIs de enfermagem?
A higienização adequada dos EPIs pode garantir que eles continuem a fornecer a proteção necessária contra riscos biológicos, químicos e físicos, além de evitar contaminações e proteger a saúde dos profissionais. A seguir, mostramos as boas práticas e orientações para a higienização dos principais equipamentos de proteção usados na enfermagem:
Luvas de proteção
Elas são descartáveis, portanto, não devem ser higienizadas ou reutilizadas. Após o uso, as luvas devem ser retiradas de maneira segura, evitando contato com a parte externa, e descartadas adequadamente em lixo hospitalar específico.
Avental ou capote (proteção contra fluídos)
Os aventais ou capotes são usados para proteger a pele e a roupa contra o contato com fluídos corporais, sangue e outros materiais potencialmente contaminantes. Dependendo do tipo de avental, ele pode ser descartável ou reutilizável.
Máscaras de proteção
As máscaras, especialmente as máscaras cirúrgicas ou N95, são usadas para evitar a exposição a agentes patogênicos transmitidos pelo ar ou por gotículas. As máscaras são descartáveis, portanto, não devem ser higienizadas ou reutilizadas.
Óculos de proteção ou face shield
Os óculos de proteção e as viseiras (face shield) são usados para proteger os olhos e a face de respingos de fluidos corporais ou substâncias químicas. Esses EPIs podem ser reutilizados, mas precisam de limpeza e desinfecção adequadas.
Sapatos de segurança
Os sapatos de segurança protegem os pés contra acidentes e contaminações. A higienização dos sapatos deve ser feita periodicamente, especialmente se houver contato com materiais contaminantes.
Os profissionais devem seguir as orientações fornecidas pelas instituições de saúde e normas regulamentadoras, como a NR 6 e NR 32, para garantir que todos os procedimentos de segurança sejam cumpridos de maneira eficaz.
Conclusão
Como vimos, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) protegem os profissionais de enfermagem contra riscos biológicos, químicos e físicos no ambiente hospitalar. A correta utilização, higienização e descarte desses equipamentos pode evitar contaminações, garantir um ambiente de trabalho seguro e promover a saúde dos trabalhadores da área da saúde.
A NR 6 regulamenta a obrigatoriedade do fornecimento de EPIs adequados e certificados, enquanto a NR 32 reforça a importância desses equipamentos na proteção contra agentes biológicos. Para que a eficácia dos EPIs seja mantida, é indispensável seguir protocolos de limpeza e desinfecção, especialmente para os itens reutilizáveis, como óculos de proteção e aventais laváveis.
O cumprimento das normas e a adoção de boas práticas não apenas garantem a segurança dos profissionais, mas também contribuem para um atendimento mais seguro aos pacientes, reduzindo a propagação de infecções hospitalares. Dessa forma, investir na capacitação dos profissionais, na conscientização sobre o uso correto dos EPIs e na manutenção regular dos equipamentos são medidas necessárias para a saúde e bem-estar de todos no ambiente hospitalar.
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